sábado, 10 de maio de 2008

Caso PJ

Situação

Como tinhamos um relacionamento próximo com a diretoria da Poli Júnior, na quinta-feira surgiu uma oportunidade para realizarmos um projeto para eles. Era um projeto simple, no qual usaríamos um componente previamente desenvolvido para outro cliente. O budget deles era pequeno, por isso, estavamos todos satisfeitos com o acordo.

Tudo foi acertado entre meu sócio e um diretor da PJ, e o projeto seria entregue na própria segunda-feira.

O problema

Na própria sexta-feira terminei de adaptar o componente. Imaginava que, ao longo da seunda-feira receberia algumas informações que faltavam e, no final do dia tudo estaria pronto para apresentar para o nosso cliente.

No sábado, o gerente do projeto me liga.
- E ae, o projeto está pronto?
- Está sim, só falta receber o material e por no ar.
- Mas eu mandei o material para o seu sócio! Ele não te repassou?
- Não. Tudo bem, só falta isso para por tudo no ar. Com certeza, segunda-feira, até o fim do dia eu termino.
- Fim do dia??? Eu preciso disso pronto ás 7 da manhã!!!"

E se deu o início do que terminaria com o cancelamento do projeto. O gerente do projeto e o diretor da empresa estavam desalinhados com relação às exigências de prazo e, pior ainda, com relação às funcionalidades dele. Durante a conversa descobri que o que o gerente precisava era diferente do que nossa ferramenta fazia. Meu sócio estava fora e eu não tinha como acessar o escritório até segunda-feira.

Por fim, apresentei algumas alternativas, mas nenhuma se encaixava com o budget ou prazo desse gerente, que optou por encerrar o projeto.

Moral da história: perdi as horas que eu trabalhei, perdemos um projeto e o gerente arranjou um problemão para o fim-de-semana.

Lições aprendidas

As lições aprendidas foram muitas. Em primeiro lugar, em TODOS os projetos é fundamental entender quem é seu cliente real, quem é a pessoa que aprova tudo e quem é o responsável pelo pagamento. Para cada um dessas personagens, é fundamental dar a atenção devida e entender as expectativas, que cobrem áreas diferentes.

O segundo ponto é que TODO projeto deve ter uma proposta ou contrato, que deve ser assinado por ambos os lados. Isso aumenta a chance de todos saberem o que está sendo feito e, no pior caso, que as partes envolvidas não saiam de mãos abanando.

Por fim, e igualmente importante, foi perceber que falta amadurecermos nossa cultura como empresa. Precisa fazer parte da nossa forma de pensar o processo de venda, de proposta, de cobrança, de negociação. Isso para que, cada lição aprendida possa fazer parte e que esses erros não se repitam.